Os
ftirápteros também conhecidos como
piolhos, são parasitas que provocam infestações de forma muito rápida, já que
se desenvolvem com grande facilidade. Da mesma maneira, é também um problema de
fácil contágio. A infestação por piolhos, também chamada de pediculose, causa
dermatoses, que são provocadas pela sua picada. Este parasita alimenta-se de
sangue, e como tal, pica a pele para retirar o seu alimento. Além de fazer
picadas para se alimentar a cada 3 horas, injeta ainda uma substância para
anestesiar a pele.
Piolho
é um inseto que não voa, não pula e pode parasitar o couro cabeludo, corpo e
região pubiana, se alimenta de sangue humano, vive em torno de 30 dias
dependendo da espécie, a fêmea pode colocar até 300 ovos durante sua vida.
O
Pediculus humanus é o piolho causador
da pediculose, uma espécie de piolho da família Pediculidae que parasita os seres humanos, especialmente crianças e
adolescentes, e a sua infestação causa a pediculose.
A
espécie Pediculus humanus é dividida
em três subespécies:
O
Pediculus humanus também chamado de Pediculus humanus corporis ou piolho do
corpo infesta o corpo, pode ser conhecido também como muquirana vive agarrado à
roupa e é mais comum nos países frios. É mais frequente nos casos em que os
hábitos de higiene são precários, eles parasitam o corpo, principalmente
ombros, nádegas e coxas. Na maior parte dos casos, essas infestações causam
coceira e erupções, normalmente na cintura, a coceira pode ocasionar feridas e
infecções secundárias.
O
ciclo é auto xênico e inicia com a ovipostura. Os ovos necessitam de 4 a 14
dias para completarem a incubação. Após a eclosão, surgem as ninfas, que
atingem o estádio adulto em 2 semanas. A maturidade sexual nos adultos ocorre
em 4 horas, com cópula imediata. Sobrevivem de 3 a 4 semanas; ovipostura de
aproximadamente 300 ovos. Geralmente as lêndeas podem ser encontradas aderidas
as fibras dos tecidos das roupas, assim como o próprio inseto.
O
simples hábito de trocar e lavar regularmente as roupas (com água quente e
detergentes) foi suficiente para diminuir drasticamente a incidência dessa
parasitose no homem.
As
picadas causam inflamação aguda da pele e prurido pode causar lesões na pele
nos locais da picada, com possível veiculação de doenças oportunistas como
tétano, gangrenas gasosas e micoses. Essa infestação pode ocasionar algumas
complicações severas como:
A
febre de trincheira causada por piolho do corpo ocorreu pela primeira vez
durante a Primeira Guerra Mundial, alcançando proporções de epidemia na
Segunda. Atualmente, pessoas desabrigadas nos Estados Unidos, por vezes, são
diagnosticadas com esta doença.
Após
a primeira Guerra Mundial, febre das trincheiras tornou-se dormente, até que
ele ressurgiu como uma epidemia na frente Leste Europeu durante a Segunda
Guerra Mundial. Desde a Segunda Guerra Mundial, a febre de trincheira clássico
quase desapareceu como uma entidade clínica.
O
vetor de febre das trincheiras foi, evidentemente o piolho do corpo, pediculus corporis que infeccionou-se
alimentando do sangue de soldados infectados, a propagação foi pela migração do
piolho e infecção do hospedeiro novo por picada de inseto ou coçar a pele que
foi contaminada por excrementos de piolho. Excrementos permaneceram infecciosos
por longos períodos, semanas ou meses.
Essa
doença é caracterizada pela rápida chegada de febre, dor de cabeça, dores
musculares e nas articulações e erupções no peito e nas costas. Os surtos de
febre ocorrem a cada quatro ou cinco dias. Dentro de alguns meses, a febre pode
passar, mas, em uma pequena porcentagem da população infectada (por volta de
5%), a doença vira crônica.
Medicamentos segundo prescrição médica.
A
higiene pessoal e dos ambientes é essencial para evitar a proliferação desta
doença.
A
febre recorrente, causada pela bactéria Borrelia
recurrentis, é mais comum na Ásia, África, América Central e do Sul, mas
também já foi relatada no Sudão e na Etiópia.
Essa
doença é caracterizada pelo rápido aparecimento de uma febre que dura entre
três e seis dias, seguida por um surto de febre que pode durar até três dias.
As pessoas infectadas podem não apresentar sintomas por semanas, antes de ter
uma recorrência, 10% daqueles infectados morrem quando a febre ocasiona outros
sintomas, como calafrios, sudorese e temperatura e pressão muito baixas.
O
profissional de saúde irá encontrar a melhor medicação, geralmente essa febre é
tratada com medicamentos solicitados pelo medico, já a enfermagem
vai orientar em adquirir hábitos de uma higiene mais meticulosa, orientar para
tomar as medicações corretamente conforme prescrição.
Conhecido
como o piolho da cabeça ou couro cabeludo, quando uma pessoa tem prurido
intenso na cabeça, é sinal que ela pode estar com piolhos – ou pediculose do
couro cabeludo. A pediculose pode ser confirmada pela presença de lêndeas ou
piolhos no couro cabeludo. As lêndeas são os ovos dos piolhos, são “pontinhos”
brancos que ficam agarrados aos fios dos cabelos. Já o piolho é o parasita,
estes ficam caminhando pelo couro cabeludo.
É
possível identificar a infestação de piolhos quando a coceira é tão intensa que
pode provocar pequenos ferimentos na cabeça. Por isso, é preciso retirar as
lêndeas com pente fino, uma vez que os medicamentos só matam os piolhos. Se as
lêndeas continuarem nos cabelos, voltará a ter piolhos.
Pode-se
contrair piolhos ao entrar em contato com o inseto ou com seus ovos, que
costumam eclodir em cerca de uma semana, aproximadamente.
·
Via contato com uma pessoa que já tenha
piolho. Isso é muito comum entre crianças e pessoas de uma mesma família, que
moram no mesmo local, compartilham de determinados objetos de uso pessoal e que
interagem de perto entre si.
·
Armazenar roupas infestadas de piolhos em
armários ou guardar itens pessoais, como travesseiros, cobertores, pentes e
brinquedos de pelúcia pode permitir que os piolhos se espalhem pelo
guarda-roupa ou pela casa.
·
Itens compartilhados entre amigos ou familiares,
como roupas, fones de ouvido, escovas de cabelo, pentes, enfeites de cabelo,
toalhas, cobertores, travesseiros e brinquedos de pelúcia.
Existe
no mercado farmacêutico remédios específicos para combater essa espécie de
piolho e suas lêndeas. O tratamento deve ser iniciado imediatamente, uma vez
que a afecção dissemina-se rapidamente pelo corpo.
Antibióticos
sistêmicos e corticosteroide tópico podem ser necessários caso haja
complicações, e antipruriginosos para combater o prurido intenso, caberá ao
profissional de saúde decidir o que será conveniente. Deve-se orientar todos os
membros da família, pois estes precisam ser tratados, para que não ocorra uma reinfestação.
Esta
espécie Pthirus púbis conhecida
também como chato, piolho púbico, piolho-da-púbis ou piolho-caranguejo é o causador
da pediculose pubiana. A pediculose pubiana é o nome utilizado para designar
quando uma pessoa está infestada com o piolho pubiano. A pediculose pubiana pode
ser conhecida também como pitiríase, ftiríase, pitirose ou fitirose.
O
piolho pubiano é um inseto ectoparasita dos seres humanos. É geralmente
encontrado nos pêlos pubianos, mas também pode viver em outras áreas onde o
cabelo seja mais grosso, incluindo os cílios.
Este
piolho vive agarrado aos pelos da região genital, atingindo, portanto, homens e
mulheres a partir da puberdade. Podem ainda viver nos pelos da parte inferior
do abdome, coxas e nádegas.
Esta
infestação pelo piolho-da-púbis é mais frequente em zonas de maior densidade
capilar, mas qualquer zona do corpo pode ser infestada. No caso deste
ectoparasita ele dá preferência aos pelos da zona genital e da região perianal.
Nos homens, principalmente, os chatos e os ovos também podem ser encontrados
nos pelos das axilas, abdômen, na barba e no bigode. Este problema, devido às
picadas dos piolhos, causa um grande prurido na pele, provocando coceira. A
infestação por chatos é facilmente transmissível para outras pessoas, bastando
o contato direto ou o uso partilhado de objetos pessoais relacionados com as
zonas afetadas.
Os
sintomas surgem de uma a duas semanas após a infestação, podendo, em alguns
casos surgir em menor tempo, se o paciente já apresentou infestação prévia pelo
piolho. Coceira intensa nos locais afetados é a principal queixa do paciente. O
piolho pubiano é muito pequeno e, ao exame, o que se percebe são pequenos
pontos pretos aderidos à base dos pelos, bem junto à pele.
A
transmissão se dá principalmente pelo contato sexual, e localiza-se geralmente
na região genital.
O
diagnóstico pode ser feito pela observação dos piolhos e das lêndeas na base
dos pelos e da presença de parasitas na pele da região afetado. A única forma
de evitar a pediculose pubiana é impedir o contato com os piolhos e a fixação
das lêndeas.
O
tratamento da pediculose pubiana consiste no uso de medicamentos específicos
para o extermínio dos parasitas nas áreas afetadas, normalmente em duas
aplicações, com intervalo de sete dias entre uma e outra. Existe também um
tratamento com medicação via oral, sob a forma de comprimidos, em alguns casos,
pode-se associar os tratamentos oral e local. O tratamento mais indicado para
cada caso deve ser definido pelo dermatologista.
A
maior parte dos infestados pelos piolhos não têm complicações, porém em alguns
casos a mordida dos piolhos pode causar alergia, geralmente causadas pelo ato
do coçar, resultando em prurido intenso que pode causar lesões cutâneas,
dermatites entre outros.
2 TUNGÍASE
A
tungíase é uma ectoparasitose da pele associada geralmente à pobreza, causada pela
pulga Tunga penetrans. Constitui um problema
de saúde pública em comunidades carentes. Trata-se de um ectoparasito
obrigatório em animais homeotérmicos, cuja fêmea ovígera penetra na pele do
hospedeiro para fazer hematofagia e maturação dos ovos, provocando o
dilaceramento dos tecidos epiteliais, causando intenso prurido, inflamação e
edema. É conhecida popularmente como "bicho de pé",
"bicho-de-porco", "pulga-da-areia", entre outros.
É a
menor das pulgas, tendo o inseto adulto 1mm de comprimento. Como é
característico das pulgas, tem ausência de asas e o corpo achatado
lateralmente, além da fronte terminando em ponta aguda, favorecendo a
penetração na pele do hospedeiro. Não possui ctenídeos.
Adultos
vivem em lugares de solo arenoso, quentes e secos, sendo abundantes em
chiqueiros de porcos e peridomícilio. O bicho de pé dificilmente será encontrado
em áreas urbanas ou locais de clima ameno ou frio. São exclusivamente
hematófagas. A fêmea grávida penetra na pele do hospedeiro, deixando apenas a
extremidade posterior em contato com a atmosfera para respirar. Com o acúmulo
de ovos seu abdômen se expande, atingindo o tamanho de um grão de ervilha. Em
torno de 100 ovos são expelidos, os quais, em chão úmido e sombreado, darão
origem às larvas e pupas. Depois de 15 dias, em média, o corpo da fêmea é
expulso pela reação inflamatória da pele. As localizações preferenciais da
fêmea parasita são a sola dos pés, espaços interdigitais e sob as unhas.
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A
infecção por bicho de pé acontece quando há contato direto da pele com o solo
contaminado. A fêmea do bicho de pé, uma vez que penetrou na pele do indivíduo,
começa a sugar o seu sangue para alimentar os parasitas que está gerando. Dessa
forma, entendemos que toda a fêmea causadora da tungíase está grávida de outros
parasitas.
Conforme
a fêmea suga o sangue do hospedeiro, ela começa a produzir ovos de parasitas,
que se desenvolvem, nascem e são posteriormente eliminados no solo. Os
principais hospedeiros são o homem e animais endotérmicos.
Os
sintomas variam, pode ocorrer desde ligeiro prurido até reação inflamatória que
prejudica a deambulação. Algumas infecções secundárias podem acontecer após
saída do adulto por Clostridium tetani
(tétano), Clostridium perfringens e
outras espécies (gangrena gasosa) ou fungos (Paracoccidioides brasiliensis).
1.
Ovo – mede entre 600-320 micrômetros;
2.
Larvas – saem dos ovos de 1 a 6 dias depois
da postura e ficam parcialmente enterradas no solo arenoso;
3.
Pupa – se forma 5 a 11 dias após a eclosão da
larva. O casulo é protegido por grãos de areia. O processo de metamorfose da
pupa se completa em 9 a 15 dias;
4.
Adultos – a fêmea não fertilizada suga sangue
do hospedeiro e em seguida começa a escavar a pele. Acomodada na cavidade, ela
fica com a parte posterior do abdômen volta para a superfície da pele e é
fertilizada por uma pulga macho.
5.
Tem início o processo de hipertrofia do
abdômen que chega ao tamanho de uma ervilha. Geralmente três dias depois da
penetração, surge um halo branco ao redor de um ponto negro. No momento do
maior crescimento abdominal, a pulga, que era a menor do mundo, agora tem um
diâmetro de 5 a 10 mm, o que corresponde a um aumento de volume de 2000 a 3000
vezes. Esse abdômen tão aumentado abriga entre 100 e 200 ovos estão maduros e
prontos para ser dispersos. Cerca de 3 semanas após penetrar a pele, a fêmea
morre.
O
tratamento da tungíase consiste em eliminar o bicho de pé da pele e evitar
infecções secundárias. Conforme a necessidade o profissional de saúde
encontrará a melhor opção de tratamento, podendo ser medicamentos
antiparasitários tópicos, como pomadas ou cremes, medicamentos antiparasitários
orais, remoção por pinça e remoção por curetagem, caso o bicho de pé esteja
cheio de sangue e não possa ser removido apenas com pinça. Após a remoção por
curetagem, antibióticos tópicos são aplicados.
Se
não for tratada, a tungíase pode evoluir para gangrena e necrose dos tecidos,
os quais nem sempre podem ser recuperados. Há também o risco de a erupção
causada pela tungíase ser porta para entrada de outros organismos, como
bactérias. Um bom exemplo é o caso do tétano. Essas podem causar uma infecção
secundária no local, tornando o tratamento mais difícil.
A
tungíase dura entre quatro a seis semanas, porém, em áreas de risco as
infecções podem ser frequentes e avançar para formas mais graves. Um mesmo indivíduo
pode apresentar vários parasitas em diferentes estágios de desenvolvimento.